terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

LITORAL SERGIPANO TEM BELEZAS INTOCÁVEIS

O litoral de Sergipe é feito de dunas, coqueiros, mar... E uma ou outra ocasional barraca de praia. Ao contrário da vizinha Bahia, vítima de um verdadeiro tratado de Tordesilhas hoteleiro, o menor estado brasileiro mantém sua costa quase como veio ao mundo. Quem já esteve por lá pode argumentar, com alguma razão, que o motivo é a cor do mar, escurecida pelos cinco rios que ali deságuam. Se afastaram a cobiça, porém, elas atraem o visitante saudoso do Nordeste de tempos atrás, aquele de praias vazias e infraestrutura simples.
Para reviver Tieta com o espetáculo das dunas
A dificuldade de acesso é, muito provavelmente, a principal razão pela qual o paraíso selvagem continua merecendo o título e o adjetivo, após ser mostrado em horário nobre e rede nacional na novela baseada no romance, exibida há duas décadas. Há ainda um outro motivo a ser levado em conta: o poder das dunas.
Ao criar uma tempestade de areia que engolia a fictícia Santana do Agreste no capítulo final da novela, os autores certamente tinham em mente um quê de realismo fantástico. Mas a verdade é que a natureza de Mangue Seco não passa longe de espetáculos do gênero. As dunas já chegaram a cobrir o cemitério local.
Lagoa Redonda, um ‘paraíso’ de águas rasas e douradas
Lagoa Redonda é, na verdade, um riacho de águas rasas e douradas que serpenteia ao longo de uma região de mangue e dunas, cuja vegetação vai de cactus às onipresentes mangabeiras – impossível sair de Sergipe sem provar uma mangaba que seja – antes de chegar ao mar. Escalando a primeira duna – de areias escaldantes, portanto nem pense em se aventurar sem sandálias – descortina-se, de um lado, o mar, e do outro, um trecho da serpente dourada formada pelo riacho. Dá até para improvisar um esquibunda, e ir paredão de areia abaixo, direto às águas.
Clima bucólico na quarta cidade mais antiga do País
Ladeiras de casario colonial, montanhas cobertas de verde ao redor, igrejas aos borbotões... São Cristóvão poderia ser vizinha de Ouro Preto ou Tiradentes, não fosse o fato de ficar um tanto mais ao Norte, mais especificamente a 20 quilômetros de Aracaju.
Bucólica, a cidade que se apresenta como a “quarta mais antiga do País” – foi fundada em 1589 – era a capital antes de Aracaju, e colecionou, ao longo de sua história, construções que, apesar de um tanto danificadas, ainda são as principais responsáveis pelo charme do lugar.///

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