No dia internacional do analfabetismo, comemorado nesta terça-feira, 8 de setembro, nos deparamos com uma triste realidade. Milhares de jovens e adultos com idade a partir dos 15 anos não sabem ler nem escrever em Sergipe. O estudo foi desenvolvido pela doutora em educação da Universidade Federal de Sergipe, Sônia Meire, que trabalha há 15 anos com políticas públicas para a Educação.
Baseado no comparativo de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a doutora em Educação traçou um perfil desses jovens e adultos sem alfabetização. De acordo com o estudo, a população rural ainda sofre com os maiores índices de analfabetismo. “É importante frisar que em 2000, 2006 e 2007 Sergipe teve um aumento da população rural em torno de 4,3%, o que é considerado alto quando analisamos que a média nacional ficou em torno de 1,1%. O aumento dessa população mostra que existe naquele local outra forma de resistência e de trabalho. Esse crescimento mostra que existe a necessidade de mais investimento na educação do meio rural”, salienta.
Segundo a especialista alguns municípios apresentam situação precária. “Infelizmente na educação do meio rural ainda falta professores, as escolas são longe e falta estrutura como banheiros quebrados e salas sem condição de abrigar aquela população. Temos como exemplo Japaratuba que apresenta escolas em estado precário. Faltam bibliotecas, salas em condição de uso e o professor não encontra uma realidade favorável para trabalhar naquelas condições”, diz, ressaltando que no município de Poço Redondo quase metade da população é analfabeta. “No caso de Poço Redondo a situação é muito séria porque o município apresenta 46,9% de jovens e adultos com idade a partir dos 15 anos que não sabem ler nem escrever”, denuncia.
Como solução para o problema a professora Sônia Meire, destaca uma escola mais participativa. “Temos que trabalhar com o conjunto de elementos que fazem com que esse índice de analfabetismo seja ainda elevado. A escola tem que atender as necessidades dos alunos. A escola não deve se resumir ao mercado de trabalho, mas deve cumprir o seu papel de educar”, enfatiza.
“O prejuízo maior não é somente com relação ao mercado de trabalho, mas o analfabetismo é prejudicial na questão da possibilidade de relacionamento com outras pessoas do convívio social”, ressalta.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
TCE cobra informações à SEFAZ sobre índices do ICMS para município
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Reinaldo Moura, enviou ofício, ontem, 08, ao secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), João Andrade Vieira da Silva, pedindo que reveja e envie à Corte de Contas, num prazo de 30 dias, as informações necessárias para atender os recursos apresentados por 22 prefeituras sergipanas que questionam os índices provisórios de ICMS, aprovados pela Corte de Contas no final de julho, com base nas informações da Secretaria de Estado da Fazenda.
O ofício diz o seguinte: "Consoante com o disposto nos arts. 3º, § 3º, 6º, 7º e 8º da lei Complementar nº 63, de 11 01.1990, solicito pronunciamento dessa Secretaria quanto aos itens dos Recursos Administrativos apresentados pelas Prefeituras constantes da relação anexo. Em virtude deste Tribunal dispor de 60 dias após o recebimento de tais elementos para publicar os índices definitivos, encareço a Vossa Excelência estudar a possibilidade de que as informações nos sejam prestadas no prazo de 30 dias, a contar do recebimento deste".
As prefeituras que recorreram da decisão provisória tomada pelo TCE com base nas informações da SEFAZ são as de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Capela, Carmópolis, Frei Paulo, Gararu, Estância, Itabaiana, Itaporanga, Japaratuba, Laranjeiras, Maruim, Aparecida, Glória, Socorro, Pacatuba, Rosário do Catete, São Cristóvão, Santo Amaro, Santana do São Francisc o e Tobias Barreto.
Todas se disseram prejudicadas com as informações sobre os valores adicionados passados ao Tribunal de Contas pela Secretaria de Estado da Fazenda e pedem revisão dos seus respectivos índices.
O ofício diz o seguinte: "Consoante com o disposto nos arts. 3º, § 3º, 6º, 7º e 8º da lei Complementar nº 63, de 11 01.1990, solicito pronunciamento dessa Secretaria quanto aos itens dos Recursos Administrativos apresentados pelas Prefeituras constantes da relação anexo. Em virtude deste Tribunal dispor de 60 dias após o recebimento de tais elementos para publicar os índices definitivos, encareço a Vossa Excelência estudar a possibilidade de que as informações nos sejam prestadas no prazo de 30 dias, a contar do recebimento deste".
As prefeituras que recorreram da decisão provisória tomada pelo TCE com base nas informações da SEFAZ são as de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Capela, Carmópolis, Frei Paulo, Gararu, Estância, Itabaiana, Itaporanga, Japaratuba, Laranjeiras, Maruim, Aparecida, Glória, Socorro, Pacatuba, Rosário do Catete, São Cristóvão, Santo Amaro, Santana do São Francisc o e Tobias Barreto.
Todas se disseram prejudicadas com as informações sobre os valores adicionados passados ao Tribunal de Contas pela Secretaria de Estado da Fazenda e pedem revisão dos seus respectivos índices.
Aracaju teve maior redução de homicídios entre capitais do Nordeste
Os investimentos feitos pelo Governo de Sergipe na Segurança Pública vêm dando resultados significativos. Aracaju é apontada pelo Ministério da Saúde como a capital do Nordeste onde houve a maior redução no índice de homicídios, passando de 36,81 mortes por 100 mil habitantes, em 2006, para 24,20 em 2007. Os dados são apresentados numa reportagem do jornal O Globo publicado no último domingo, 6.Segundo a matéria dos jornalistas Jailton de Carvalho e Odilon Rios, mesmo com um crescimento econômico superior à media nacional, as capitais do Nordeste vêm sendo castigadas pelo aumento da criminalidade. Mas Aracaju é, de acordo com o órgão federal, uma das excessões, junto com Teresina (PI) e Recife (PE). E a cidade sergipana foi a que obteve a maior redução das três: 12 pontos a menos.O índice ganha mais destaque diante da situação dos estados vizinhos. Enquanto na cidade de Maceió (AL) o número de homicídios chegou a 88,07 por 100 mil habitantes - quase quatro vezes maior que o de Aracaju -, em Salvador (BA), o coeficiente mais que dobrou, passando de 20,92, em 2006, para 46,24. O índice também subiu em São Luís (MA), Fortaleza (CE), Natal (RN) e João Pessoa (PB).O secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, lembrou ao O Globo que o crescimento econômico da região Nordeste superou a média nacional e que a produção de riquezas leva ao aumento de população, e com isso, o incremento de choques sociais. “Quanto mais acelerado o crescimento econômico, maior é o inchaço dos centros urbanos e maiores as possibilidades de conflitos”, cita.No entanto, Aracaju também cresceu nesse período só que obteve um melhor resultado na distribuição de renda, promoção de qualidade de vida e investimentos governamentais. Sergipe é apontado pelo Ministério da Justiça como o estado que mais investe em segurança pública do Nordeste. No âmbito municipal, a capital é a sexta do país em emprego e renda e a primeira em saúde no Norte/Nordeste.
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