Deficiência do IML expõe vítimas e revolta familiares!!!

Após ser encontrado por pescadores, o corpo de homem de 49 anos permaneceu mais de sete horas à beira de um rio até a chegada do resgate. Familiares da vítima foram obrigados a assistir ao corpo entrar em estado de decomposição enquanto aguardavam a chegada do Instituto Médico Legal (IML). O vigilante Ginovaldo Oliveira de Carvalho se tornou vítima de afogamento na última quinta-feira ao cair no rio Vaza Barris, situado no município de Itaporanga D’Ajuda. Deficiências no IML e no Instituto de Criminalística intensificam o descaso perante a sociedade. “Por horas o corpo ficou jogado e já estava começando a feder. A gente não podia fazer nada, a não ser esperar e agüentar a dor de ver um parente praticamente entregue aos urubus”. Esse foi o desabafo do irmão do vigilante, Gilvan Oliveira de Carvalho, que junto a outros familiares agora faz parte da enorme lista de vítimas do descaso do IML. O vigilante estava à margem do rio conversando com um amigo pescador, quando se desequilibrou e foi arrastado pela correnteza. O acidente ocorreu por volta das 14 horas do dia 27 e o corpo só foi encontrado às 7h30 do dia seguinte. “Um pescador que se arriscou a entrar no rio foi quem encontrou meu irmão. De imediato a polícia acionou o Instituto Médico Legal, que só chegou por volta das 15 horas. A gente ainda teve que esperar até às 18 horas, quando o corpo foi liberado”, contou Gilvan Oliveira, afirmando que o vigilante possuía três filhos, incluindo um garoto de nove anos. “Do jeito que meu irmão nasceu, ele foi enterrado – completamente despido. Não tivemos nem o direito realizar um velório. Do IML o corpo dele foi levado direto ao cemitério. E nossa revolta só aumentou depois de saber que tinham dois carros do IML desocupados e ainda assim tivemos de esperar por mais de sete horas pelo serviço”, afirmou o irmão da vítima.