Estimuladas pelo Governo Federal, as parcerias público privadas são basicamente uma modalidade de engenharia financeira que permite substituir o investimento direto do Estado, especialmente em infra-estrutura, mas também atingindo programas sociais. Visa basicamente subsidiar o desenvolvimento de regiões do país onde o governo sozinho não teria condições de fazê-lo em que as empresas também apresentam projetos que lhes garantam lucro e possibilidade de permanência.
No Estado de Sergipe uma espécie de parceria público privada deturpada é a que envolve a Polícia Militar do Estado e qualquer empresário que realize shows na orla da praia de Atalaia.
Explico: O organizador do evento mantém contato com um oficial superior e este “escala” diversos oficiais subalternos que pela proximidade com as praças, convidam estas para trabalharem no evento, utilizando uniforme, viaturas, elevados. Tudo custeado pelo Governo do Estado sem que haja qualquer tipo de apuração administrativa com vistas à legalidade.
O policial, por sua vez, percebendo um soldo medíocre, presta-se a laborar no evento privado pelo valor, em média, de R$ 70,00. Valor este que é pago geralmente de 1 a 2 horas após o término do evento. Vale acrescentar que geralmente tais eventos perduram por cerca de 12 horas, totalizando de 13 a 14 horas de serviço, ou mais, para o policiais militares.
Quem esteve no show do Jammil no sábado, dia 10 de janeiro, viu... E quem esteve em outros shows, como o de Chiclete com Banana e Asa de Águia, também teve a oportunidade de conferir! Pena que o colega que me passou esta informação não estava lá com sua máquina fotográfica para que uma foto fosse aqui divulgada.
Agora Questiono: Será que é interessante para este grupo de empresários do setor público que gerencia o “bico institucionalizado” que o PM tenha um salário digno?
Aposto que se o PM percebesse igual a um agente da PC dificilmente se submeteria a esta humilhação. Eu poderia até estimular que o policial militar não se prestasse a tal desmoralização, mas cada um sabe onde seu calo aperta e este serviço, apesar de ilegal, é digno.
O que se lamenta é que enquanto o praça recebe R$ 70,00, os “gerentes” ficam com a maior fatia do bolo.
Por fim só tenho um desejo: “Que Deus Nos Abençoe e Olhe Por Nós
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
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